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Método FAIR: Avaliação Quantitativa de Riscos Cibernéticos

O cenário de ameaças digitais cresce diariamente, e as organizações precisam de métodos eficazes e objetivos para avaliar e gerenciar seus riscos. O método FAIR (Factor Analysis of Information Risk) surge como uma abordagem robusta que permite quantificar os riscos cibernéticos de forma estruturada e baseada em dados.

Se você busca uma maneira clara e mensurável de entender o impacto dos riscos em sua organização, o FAIR pode ser o modelo que faltava na sua estratégia de segurança e governança.

O Que é o Método FAIR?

O FAIR é um modelo internacionalmente reconhecido para análise quantitativa de riscos de segurança da informação. Diferente de metodologias tradicionais baseadas em classificações subjetivas como "alto", "médio" ou "baixo", o FAIR permite transformar riscos em valores financeiros, oferecendo uma visão concreta sobre o possível impacto de ameaças.

Ele responde perguntas como:

  • “Quanto podemos perder?”

  • “Quais riscos merecem prioridade real?”

  • “Vale a pena investir neste controle?”

Objetivos do FAIR

  • Quantificar riscos de segurança da informação em termos financeiros.

  • Priorizar investimentos de acordo com o impacto real no negócio.

  • Aumentar a clareza na comunicação de riscos para as partes interessadas, como diretoria, acionistas e órgãos reguladores.

  • Melhorar a tomada de decisões baseada em dados, e não em percepções subjetivas.

Componentes do Modelo FAIR

O modelo é estruturado em quatro elementos principais:

  1. Cenário de Risco: Uma combinação de uma ameaça específica agindo sobre um ativo que possui valor para a organização.

  2. Frequência de Evento de Ameaça (TEF – Threat Event Frequency): Mede a frequência com que uma ameaça encontra e interage com um ativo.

  3. Probabilidade de Sucesso da Ameaça (VUL – Vulnerability): Mede a probabilidade de que, quando um evento de ameaça ocorre, ele tenha sucesso.

  4. Magnitude da Perda (LM – Loss Magnitude): Mede o impacto financeiro resultante de um evento bem-sucedido.

Esses componentes são usados para calcular o risco, normalmente expresso como:

Risco = Probabilidade x Impacto Financeiro

Como Funciona na Prática?

O FAIR utiliza dados históricos, dados da indústria, estatísticas internas e estimativas de especialistas para calcular:

  • Quantas vezes uma ameaça pode ocorrer no ano (TEF).

  • A probabilidade de sucesso (VUL).

  • O custo médio de um incidente (LM).

O resultado é um intervalo de perda possível, como:

“Existe 90% de chance de que este risco cause perdas entre R$ 500 mil e R$ 2 milhões por ano.”

Benefícios do Método FAIR

  • Quantificação real: Transforma percepções subjetivas em valores financeiros.

  • Melhor priorização: Foco nos riscos que realmente importam.

  • Apoio à tomada de decisão: Facilita conversas entre áreas técnicas e executivas.

  • Justificativa para investimentos: Demonstra claramente se vale ou não implementar determinado controle.

  • Melhoria contínua: Permite acompanhar a evolução dos riscos ao longo do tempo.

FAIR é Compatível com Outras Normas?

Sim. O FAIR não substitui frameworks tradicionais, como ISO 27001, NIST CSF ou CIS Controls, mas os complementa.

Enquanto esses frameworks orientam a gestão de controles e requisitos, o FAIR oferece uma visão quantitativa dos riscos, permitindo priorizar os controles mais críticos.

Como Começar a Usar o FAIR?

  1. Defina os ativos e os cenários de risco relevantes.

    Ex.: Vazamento de dados de clientes por meio de um ataque phishing.

  2. Estime a frequência das ameaças (TEF).

  3. Avalie a vulnerabilidade (VUL) do ativo frente à ameaça.

  4. Calcule a magnitude das perdas (LM), considerando custos como:

    • Interrupção de negócios

    • Multas e penalidades (LGPD, GDPR etc.)

    • Perda de reputação

    • Custos de resposta e recuperação

  5. Analise o risco e priorize os controles.

  6. Monte um relatório executivo, demonstrando:

    • Risco atual em termos financeiros.

    • Redução de risco após implantação de controles.

    • Retorno sobre o investimento em segurança (ROI).

Conclusão

O método FAIR representa uma mudança de paradigma na gestão de riscos. Ele transforma a segurança da informação de um tema técnico e abstrato em um assunto estratégico, diretamente ligado aos resultados financeiros e à continuidade do negócio.

Se sua organização ainda avalia riscos com escalas subjetivas, talvez seja hora de avançar para uma abordagem baseada em dados, números e impacto real.


 
 
 

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