A Cultura da Reação: Por que a Segurança da Informação Só Ganha Atenção Após um Incidente?
- cristiano maestri borges
- 10 de jul.
- 2 min de leitura

A segurança da informação tem sido um tema cada vez mais presente nas reuniões estratégicas das empresas. No entanto, muitas organizações ainda caem na armadilha de tratar o assunto com pouca prioridade, até que algo grave aconteça.
Seja um vazamento de dados, um ataque de ransomware, uma fraude interna ou uma violação de privacidade, a reação quase sempre vem depois do problema, e raramente como parte de um planejamento preventivo.
O custo da reação
Os números são claros: responder a um incidente de segurança custa muito mais do que evitá-lo. Além dos prejuízos financeiros imediatos, empresas enfrentam:
Danos à reputação, que afetam a confiança do mercado e dos clientes;
Perda de dados sensíveis, que podem comprometer a operação;
Multas regulatórias, especialmente quando envolvem dados pessoais (LGPD, GDPR, etc.);
Interrupções de serviço, que podem gerar impactos em cadeia.
E mesmo diante de tudo isso, por que ainda resistimos à prevenção?
Falta de cultura e visão estratégica
Muitos gestores ainda veem a segurança da informação como um “custo”, e não como um investimento estratégico. Essa visão leva a decisões como:
Postergar auditorias e testes de vulnerabilidade;
Ignorar atualizações de sistemas;
Não capacitar os colaboradores em boas práticas de segurança;
Negligenciar o gerenciamento de riscos.
É o famoso pensamento: “isso nunca vai acontecer com a gente”, até acontecer.
Como mudar essa mentalidade?
Empresas que querem se antecipar aos riscos precisam integrar a segurança à cultura organizacional. E isso começa com algumas perguntas simples:
Sabemos onde estão os dados mais críticos do negócio?
Temos um plano de resposta a incidentes?
Existe um processo claro de gestão de riscos?
Nossos times sabem identificar e reportar ameaças?
Prevenir é sempre mais barato
Adotar uma postura preventiva pode não só evitar prejuízos como também gerar ganhos reais:
Mais confiança do cliente;
Maior vantagem competitiva;
Conformidade com exigências legais e contratuais;
Maturidade organizacional.
Conclusão
Segurança da informação não é algo que se ativa só quando o problema bate à porta. Ela precisa estar presente na estratégia, na cultura e no dia a dia da empresa.
Se a sua organização ainda trata segurança como um projeto pontual, é hora de rever essa abordagem. Porque quando se trata de cibersegurança, o melhor momento para agir é antes do incidente.



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